DIGNIDADE DA PESSOA, a qual envolve (i) a defesa intransigente da vida, desde a concepção até à morte natural, (ii) a garantia da liberdade do cidadão perante o Estado, (iii) a promoção de condições que permitam dignidade ao longo da vida, (iv) a defesa do Estado social;
FAMÍLIA, célula básica da sociedade, (i) potenciadora de importantes factores de desenvolvimento pessoal e núcleo de liberdade que deve ser protegido, (ii) impedindo o Estado de definir os valores nos quais os filhos devem ser educados; (iii) promovendo a natalidade e (iv) combatendo a ideologia de género e a sexualização da educação;
TRABALHO, (i) expressão da dignidade do ser humano; (ii) colaborador do processo de criação de riqueza, (iii) instrumento de sustento e progresso da sociedade, (iv) que deve ser protegido num modelo de economia social de mercado, fundado na Doutrina Social da Igreja; SEGURANÇA, (i) pressuposto da justiça e do bem-estar da sociedade, (ii) valorizando o papel do Estado na sua organização, (iii) dignificando as Forças Armadas e de Segurança, e (iv) garantindo a protecção da confiança e da boa-fé dos cidadãos no seu relacionamento com o Poder;
ÉTICA JUDAICO-CRISTÃ, (i) cimento axiológico da civilização ocidental, (ii) base da identidade nacional, (iii) pressuposto de um Estado de direitos humanos e (iv) alicerce uma ideologia democrata cristã e conservadora;
REFORÇO DA IDENTIDADE NACIONAL, (i) substrato espiritual e cultural da nação portuguesa, (ii) instrumento de reforço da Portugalidade e da cidadania, (iii) unindo as gerações do passado e presente às gerações do futuro e (v) de que se não prescinde no processo de integração europeia.
Armada com valores de sempre, a Direita Certa protege, liberta e combate.
Protege a vida, bem como o nosso modo de vida. Liberta – com responsabilidade – o cidadão, a sociedade, e a economia, de um Estado paternalista sequestrado pela esquerda política e intelectual. Combate, em defesa dos cidadãos, contra os interesses que tomaram conta do Estado e minam a confiança no sistema democrático e no Estado de direito.
Reconhecendo que cada indivíduo é um ser único e irrepetível, defendemos de modo intransigente a vida desde a concepção até à morte natural.
Cuidar dos nossos idosos, reduzir a pobreza estrutural e combater a exclusão que ofende a dignidade humana, é um dever a que uma direita de cariz social e cristã não se pode furtar.
Verificar se as finalidades dos apoios sociais estão a ser cumpridas, para evitar situações de abuso ou dependência injustificada.
Assegurar a rigorosa moralização destes processos, para que não sejam vistos pela sociedade como subsídios à preguiça.
Promover a natalidade, devolvendo rendimentos, assegurando apoio à educação infantil e dando prioridade a uma política de habitação amiga das famílias.
Acertar os tempos e a eficácia dos cuidados de saúde. Aumentar o grau de liberdade para qualquer cidadão poder escolher o médico, o hospital, e o seu próprio tratamento – não podem ser só os mais ricos a ter essa liberdade. Permitir que o Serviço Nacional de Saúde possa beneficiar dos contributos dos sectores privado e social.
Defesa do Mundo Rural, da sua cultura, memória e tradições: a caça, as corridas de touros e todas as manifestações culturais devem ser preservadas e defendidas.
Defender o Mundo Rural. Promover a produção nacional, salvaguardando os métodos tradicionais de produção e incentivando as explorações inovadoras: com vista a combater o abandono do território rural e do interior, promovendo o emprego e a economia do sector agrícola. Aumentar a capacidade de captação de recursos hídricos no país, para promover o turismo e a produção agrícola, e também para combater a desertificação.
Preservar o nosso património genético e ambiental, compreendendo que os agricultores são os melhores ambientalistas, e protegendo-os dos ataques demagógicos de quem não conhece o meio rural. A defesa do ambiente faz-se no campo, não se faz nas cidades. Assegurar que os recursos naturais não serão extraídos e consumidos a uma velocidade superior àquela que a natureza leva a produzi-los outra vez.
É preciso resolver de vez o problema da abordagem permanente e articulada das políticas do mar, respondendo ao enorme desafio posto por este grande recurso nacional.
Garantir a total e transparente execução dos fundos comunitários destinados ao sector, evitando a sua devolução à União Europeia.
Libertar o peso das empresas públicas no orçamento do Estado – o Estado não tem por vocação deter e administrar empresas. Rever e aliviar a participação do Estado em todas as empresas, seja nos órgãos sociais, seja sob a forma de subsídios. É essencial haver escrutínio na gestão e contas das empresas públicas, pelo que a CMVM deve ser envolvida e proteger os contribuintes, tal e qual como se estes fossem accionistas das empresas do Estado. As empresas e os institutos públicos devem ser obrigados a divulgar informação que permita avaliar o seu desempenho.
Acima de tudo, é inadiável conferir efectiva prioridade ao contínuo crescimento económico do país. Não queremos ser a geração que voltará a ver Portugal na cauda da União Europeia.
É inaceitável que, ao mesmo tempo que recebe dezenas de milhares de milhões de euros em fundos europeus, ao abrigo de sucessivos quadros comunitários de apoio, Portugal se atrase cada vez mais face aos seus pares e se afunde, ano após ano, no ranking da U.E. O Governo não pode continuar a fugir ao escrutínio democrático quanto a este eixo fundamental da política, ao não se comprometer com metas objectivas e não se responsabilizar claramente por resultados.
Tem de assumir o crescimento como alvo decisivo e determinante. Estar no “pelotão da frente” da construção europeia não pode ser discurso vazio, sem tradução na prosperidade e bem-estar dos portugueses. Portugal tem de fixar e cumprir a ambição de estar nos 15 Mais da U.E. até 2030, e ultrapassar a média europeia em 2036, quando se cumprem 50 anos da adesão.
Reformar o sistema fiscal, para o tornar muito mais simples e estável, eliminando a multiplicidade de regras especiais. Descer impostos sobre os cidadãos e as empresas. Acabar com a inversão do ónus da prova nos processos fiscais. Orientar as política fiscais para a coesão territorial.
Simplificar drasticamente a burocracia. Rever as mais de 4.000 taxas que o Estado cobra presentemente. Rever todos os diplomas aplicáveis ao licenciamento das actividades económicas para tornar os processos previsíveis e favorecer o crescimento. Limitar a burocracia e a arbitrariedade, que produz custos adicionais e promove a corrupção.
Descer o preço da energia, actualmente uma das mais caras da Europa. Portugal respeitará as directivas ambientais e de descarbonização impostas pela União Europeia, mas não definirá metas mais ambiciosas se não se traduzirem também em custos mais baixos para a economia, por forma a assegurar a competitividade e a coesão social do nosso país.
Preservar a autonomia das Forças Armadas, e dotá-las de efectivos e de meios operacionais para que possam cumprir a sua missão. Impedir que quaisquer forças externas interfiram nas tradições das Forças Armadas, na sua cultura específica ou nos seus símbolos.
Dotar as polícias de todos os instrumentos, financeiros, legais e operacionais, que reforcem a sua autoridade e eficácia.
Garantir que em todos os bairros se consiga viver em segurança, e reforçar o policiamento de proximidade.
Responder ao divórcio entre eleitos e eleitores. Reforçar o poder dos cidadãos na escolha dos deputados, que não devem ser decididos apenas pelos directórios partidários. Manter e melhorar a proporcionalidade dos partidos na representação parlamentar. Cuidar da representação do interior do país. Combater a eternização dos deputados nos lugares, evitando que a partir de certo ponto se confunda o interesse nacional com o interesse pessoal.
Respeitar o nosso património. Reabilitar e conservar os edifícios de interesse nacional. Promover a investigação livre da História, o seu estudo e a sua divulgação; promover também, junto das universidades, a fixação crítica dos textos dos autores portugueses clássicos, de ficção e não-ficção, e garantir que são publicados. Limitar e combater todos os impedimentos à liberdade de expressão e consciência.
Defender que o pensamento é livre e pode ser expresso livremente, sem quaisquer censuras nem guiões compulsórios quanto à gramática e ao vocabulário. Combater a arrogância e a prepotência “politicamente correcta”. Estudar a língua portuguesa à luz dos talentos literários consagrados e reconhecidos. Respeitar e ensinar a Literatura e a História da Literatura.
Combater quaisquer censuras ou guiões compulsórios que visem tolher a liberdade de expressão e de consciência.
Combater a arrogância e a prepotência “politicamente correcta”. Rejeitar a ideologia de género e contrariar a sua promoção.
Libertar as instituições do Estado do nepotismo socialista. Quebrar as portas giratórias entre negócios, governo e reguladores.
Proteger as instituições cuja independência defende a Democracia (Procuradoria-Geral da República, Tribunal de Contas, Banco de Portugal, Órgãos Reguladores, comunicação social, Universidades).
“Período de Nojo”: 2 anos entre o exercício de funções de regulação e os negócios ou política;
Procurador-Geral da República: eleito pela AR, com maioria de 2/3, após audição pública dos candidatos;
Impedir intervenção do Governo na nomeação de juízes e magistrados para organizações internacionais, passando a ser competência exclusiva dos respectivos Conselhos Superiores;
Governador Banco Portugal: nomeado pelo Presidente da República, sob proposta do governo, e após audição pública pelos deputados;
Combater activamente a corrupção, seja no plano judicial, seja no plano da actividade administrativa. Contrariar a arbitrariedade burocrática simplificando as regras de licenciamento para as tornar simples, claras e actualizadas; reduzir o número de entidades que é preciso consultar para obter aprovação, concentrando os processos numa única entidade ou representante dela.
Repudiar qualquer forma de regionalização, real ou encapotada. O país precisa de coesão territorial, não precisa de ser retalhado; nem precisa de mais uma estrutura administrativa intermédia, com os respectivos custos, a respectiva burocracia, uma nova classe política regional, e as condições para a criação de dependências caciquistas, corrupção, e abuso de poder.
O importante é reconstruir a proximidade dos serviços públicos no relacionamento com os cidadãos, nos diferentes territórios do país, pondo termo ao abandono do interior. Vamos transferir, para fora de Lisboa, serviços e institutos da administração central do Estado, e garantir a igualdade de acesso às infra-estruturas modernas de comunicação.